Projecto Microceno: uma nova gruta nas ilhas mais distancees

2021-12-13 19:48:14 By : Mr. Elvis Chen

Ana Miller, Special Microbiology Special Project Microbiology Specialist, British Astrobiology Specialist Sam Payler, European Space Agency, observed the interior of um pormenor da parede da maior cavidade conhecida das Selvagens: Inferno.

Durante quase duas semanas, cientistas de vários países juntaram-se nas ilhas Selvagens. E descobriram que há ali território ainda por desbravar.

Text and photos: António Luís Campos

À distância, são manchas no horizo​​nte, que Surgem em função doshumes do Oceano. Just like vagas de três Metros fazem os marinheiros de ocasião desejar estar em qualquer outro local do mundo.

Such as ilhas Selvagens anunciam-se ea toponímia é fiel àslentas: rochedos inóspitos erguem-se das profundezas marinhas, sem ponta de verde, tão estéreis quanto a imaginação possa conceber. São o cenário perfeito para histórias de piratas, onde facilmente se imaginam tesouros enterrados, sob um mágico “X” desenhado num mapa tosco. Na Selvagem Grande, o catamaran fundeia na baía das Cagarras. O desembarque inicia-se e, pouco depois, aventura começa.

Ver galeria 6 Fotos O acesso à mais célebre gruta da Selvagem Grande (a Gruta do Capitão Kidd, onde a lenda diz estar enterrado um tesouro perdido) escarpado e exigente. Em primeiro plano, Luís Asensio, responsável pela segurança da expedição eo geologo italiano Matteo Massironi preparam a aproximação com extremo cuidado. O Projecto Microceno descobriu uma nova cavidade, nunca identificada até então. Foi apelidada de Sopro do Dragão, devido à forte corrente de ar provocada pela ondulação e que apenas se escapa por uma apertada passem no topo. Após uma descida suspensa e vertical, as primeiras amostras foram colhidas. Ana Zélia Miller e Sam Payler levam a cabo a extracção e sequenciação de DNA das amostras recolhidas nas grutas, com tecnologia de ponta portátil, no campo-base da Selvagem Grande. Foi uma façanha levar até um destino tão remoto como as Selvagens um microscópioelectricrónico, que tornou possível analisar in situ amostras de espeleotemas como os da foto. Nicasio Jiménez recolhe uma amostra dos depositos da praia, na Selvagem Pequena, outra das ilhas do sub-arquipélago. Em fundo, estão os destroços dum navio ali encalhado na década de 1970. A baía das Cagarras é o local mais protegido da costa da Selvagem Grande, onde os veleiros da expedição fundearas secommanas longe, da exped a eiros as eiros. construções Permanentes da ilha se encontram também.

A primeira saída de campo está montada: Gruta do Capitão Kidd aguarda-nos. Parte daequipa do Projecto Microceno, que conta com 17 membros de sete países diferentes (Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Rússia, Países Baixos e Canadá) aequipa Permanente de vigilantes da naturalza, policia marítima ea família Zino.

Um grupo constituído por Luís Asensio, responsável pela segurança, Matteo Massironi, geologo da Universidade de Pádua, Sergei Kud-Sverchkov, cosmonauta da aagencia espacial russa, eo holandês Rogier es de ru segurança, ha de guagua linça. O acesso à gruta só é feito na maré baixa, pelo que Luís mantém um olho nervoso no relógio: como a descida foi mais demorada do que o previsto e as distracções científicas abundaram, tempao

De martelo em riste numa das mãos eo bloco de notas na outra, o corpulento Matteo é o exemplo clássico do cientista explorador. Ágil, so o cabelo grisalho sugere que já passou a barreira dos 50 anos. O olhar perscruta a falésia sobranceira à entrada da gruta. Chama-lhe afectuosamente o seu “puzzle geológico”, ao qual dedicou muitas horas, dado que pouco parece fazer sentido na amálgama de camadas rochosas que ali se acumulam. Para desvendar este enigma natural, conta com o auxílio precioso de Rogier, especialista no microscópio eletrónico de varrimento portátil Thermo Phenom XL G2, o mais sofisticado dos muitos Equipmentos de ponta porque a expedição pass de varrimento portá porque a expedição pass de varrimento portámento Numdeo s 150 million Euro cima da água. Aliás, é a primeira vez que um microscópioelectricrónico é instalado numa ilha tão isolada, fruto de uma delicada opação da Marinha Portuguesa.

De volta ao campo-base, a dupla analisa ao microscópio, quase de immediato, amostras de fragmentos de rocha e espeleotemas retirados da falésia. As observações realizadas permitem detectar a presença de células de microrganismos e identificar fósseis e minrais, datados com 24 a 17 milhões de anos.

O ano de 2021 tem sido o Ano Internacional das Grutas e também o do cinquentenário da Reserva Natural das Ilhas Selvagens. Essas duas efemérides foram o mote para o Projecto Microceno, financiado pela Fundação para a Ciência ea Tecnologia e coordenado por Ana Zélia Miller, da Universidade de Évora. Introduction to Ainvestigadora, líder da expedição e uma das três mulheres, enquadra: “O principal objectivo é estudar, pela primeira vez, a microbilogia e mininogia das grutas vulcânicas terrestres e marinhas das Selvaenderesqueostins e minrais interac com rais interac os.

Estas questões estão a serinvestigadas através de uma abordagem multidisciplinar em áreas tão distintas como Microbiology, mineralogy, geology, biogeography, paleoclimatology and biotechnology. "Investigation and research tem metas ambiciosas: "Queremos identificar espécies microbianas com interesse para a astrobiology, caracterizar actividades antimicrobianas e enzimáticas com interesse para a indústria farmacêutica e, finalmente, estudar as coma membros desta expedição, Ana Teresa Caldeira, da Universidade de Évora, e Igor Tiago, da Universidade de Coimbra. Outra inovação é a utilização de tecnologia de ponta portátil: foram testadas nestas ilhas soluções que poderão vir a ser utilizadas em futuras Missões tripuladas a Marte para a exploração de grutas de grutas de grutas de grutas de grutas de grutas-DNA sequence pela primeira vez nas Selvagens.

Ana Zélia Miller descreve o processo: "A extracção e sequenciação de DNA comequipamentos portáteis permite a leitura em tempo real ea identificação dos microrganismos nas amostras recolhidas nas grutas em menos de Nano horas deuma posa de 24 horas. microrganismos capazes de interagir com os minrais, especialmente bactérias quimiolitoautotróficas, que utilizam minrais como fontâ de energia (não de orge riaéniccess). Estas bactérias poderão ser utilizadas como teras procura de vulcanis procura de vulca de vicias procada vulca ”a micron

Os primeiros resultados foram conhecidos logo nas ilhas. "A exploração geológica desta expedição permitiu já encontrar características na Selvagem Grande análogas às de Marte, devido à geologia e localização numa zona de movimento lento de placas tectónicas aespecialista", diz. Além disso, está a ser criado o primeiro modelo tridimensional de alta resolução das principais grutas da Selvagem Grande pelaequipa de geologos italianos. O estudo da sua génese, com recurso aequipamentos como o espectrómetro de fluorescência de raios X portátil e um Scanner laser portátil, permitirá obter informação útil sobre grutasplanetárias em terrenos semelhantes no espa

Foi uma façanha levar até um destino tão remoto como as Selvagens um microscópioelectricrónico, que tornou possível analisar in situ amostras de espeleotemas como os da foto.

Por serem tão distancees e livres de intervenção humana ao longo da história, as Selvagens constituem um autênticolaboratório natural. Poucos o podem afirmar com tanta propriedade como Francesco Sauro, geologo da Universidade de Bolonha e explorador Rolex, que faz de destinos como a Gronelândia e das mais profundas grutas do mundo o seu escritório.

Segundo ele, esta experiência "foi muito especial, porque embora uma pequena ilha não seja o cenário que imaginamos para uma expedição, o isolamento eo desconhecimento acabam por criar muito por inexprlavvoras, Naso criar muito por inexprlavvoras especial, Naso suar especial, no especial, naso, suar expedição tão multidisciplinar como esta permite ir mais longe do que o Habituality: “a percepção de como foram foram formadas as grutas (com alogoquesóde) dizer (tarefa dos Paleoclimatólogos) ou que microrumaados alberg poré microport diz.

A expedição deste Verão, para a qual António Candeias, pró-reitor da Universidade de Évora, muito se empenhou, encontrou também uma nova gruta nunca antes identificada neste território. Com recurso a fotografias de satélite edrones, Francesco e outros membros da expedição circle-navegaram a ilha com potentes binóculos e percorreram a pé muitas das suas falésias. A recém-descoberta Gruta do Sopro do Dragão foi o resultado dessainvestigação.

Com 95 Metros de profundidade e 22 de altura, esta gruta tem a specialidade de apresentar uma câmara a mais baixa height do que a de entrada, com lagoas salobras no internal, às quais só se tem acesso por uma estreitam vertical. o ar é intensamente comprimido pelomovimento das ondas na secção minor, fazendo o capacete dos espeleólogos elevar-se acima da cabeça com a diferença de pressão. À saída da cavidade, o geologo italiano aponta para as encostas aprumadas da ilha, repletas de pequenas cavidades que oferecem abrigo à ave mais conhecida da ilha – a cagarra.

Formadas pela erosão salina, são elas que tornam a ilha tão especial para a avifauna. "É um óptimo exemplo de como a geologia influencia a vida e de como tudo está inter-relacionado na natureza: sem buracos, não haveria aves!", diz. Com cerca de sessenta mil indivíduos nas Selvagens, a so caberanago arqui , senhora dum chamamento muito special e ruidoso que todos os membros da expedição conheceram intimamente: durante a noite, Dormir tornou-se quase impossível! Ao pequeno-almoço, numa manhã em que os rostos daequipa denunciavam o cansaço acumulado, ouve-se Sergei murmurar: "Nem na Estação Espacial Internacional dormi tão mal!" Do outro lado da mesa, alguéar pimunga pass noite com uma dúzia de palhaços às gargalhadas na cama."

Uma das entidades integrantes do Projecto Microceno é a Agência Espacial Europeia (ESA), que procura aqui aprofundar o interesse astrobiológico deAmbientes hostis, semelhantes em alguns aspectos aos de Marte. O conhecimento destes environmentes é uma mais-valia para a instituição, que treina medologias de trabalho e os membros das suasequipas para futuras Missões espaciais. O astrobiólogo britânico Sam Payler é um deles e não esconde o entusiasmo: "Tudo nesta ilha parece ser incomum, começando pelo isolamento e consequente ecossistema com poucas perturbações até vol não esconmo espa de se a se vol se a seconde o entusias também ela características únicas."

A baía das Cagarras é o local mais protegido da costa da Selvagem Grande, onde os veleiros da expedição fundearam ao longo de duas semanas, tendo como apoio os pequenos semi-rígidos. É ali que as únicas construções Permanentes da ilha se encontram também.

Bem longe dos Laboratórios de alta tecnologia onde costuma gravitar, o cientista recorda com um brilho nos olhos um momento de tensão: "Nunca esquecerei a emoção de entrar numa gruta marinha inexplorada vez do internals contracom e de estreoía-no mais cada vez-no internals caranguejos coloridos a caírem do tecto.” a dupla constituída pelo fleumático Sam e pelo espadaúdo Sergei personifica a verdadeira colaboração científica num dos mais exóticos campos da exploração, capaz de ultrapassaris barreiras. Após uma campanha de seis meses na Estação Espacial Internacional, o russovisitou um cenárioradicalmente diferente, focado em treinar a recolha de amostras eo contacto com um dosambientes terrestres mais próximos dos quesáer just a Planeta no vira obrigados press just a “sobrigos a de exploração em tempo real", diz o cosmonauta, um dos poucos seres humanos que viu a Terra de fora. "Todos estes especialistas e ferramentas permitem desempenhar estudos da forma mais eficiente possível. É muito semelhante a um voo espacial tripulado."

De volta à Terra, o espírito das Selvagens é encarnado por dois dos seus mais leaisguardiães: os vigilantes da natureza Jacques da Mata e João Mendes. Cada um completa missões de 15 dias aqui, em total autonomia. Já perto da reforma, Jacques é uma figura incontornável há 40 anos, conhecido pela sua especialidade: coze pão, um bem raro nas Selvagens. Ninguém fica indiferente ao maravilhoso e improvável cheiro do pão quente. Apesar de a Selvagem Grande ser o principal foco dainvestigação deste grupo internacional, o subarquipélago não se limita a esta ilha, contando ainda com a Selvagem Pequena eo ilhéu de Fora. E é lá que Frank Zino, o médico, ornitólogo e activatea madeirense de origem inglesa, conduz aequipa do Projecto Microceno. Com a âncora já lançada ao largo de uma praia de areia branca, vislumbra-se ao longe uma barraca de madeira e nada mais... Robinson Crusoe não se sentiria desconfortável aqui! João Mendes também não: chegou a passar 30 dias seguidos na Selvagem Pequena, quando pescadores ilegais rondavam a ilha. Para lá da linha de água, a ordem é inequívoca: ninguém põe pé fora do trilho marcado! Incontáveis ​​pequenos buracos na areia indiciam os ninhos de calcamar! Sob apertada vigilância, José María de la Rosa, do CSIC (Espanha), e Nicasio Jiménez, da Universidade de Évora, retiram amostras de depositos, entre destroços de um navio naufragado que ainda hoje perduram do e estuástic clá oestu

Após duas intensas semanas nas Selvagens, com o sol a aproximar-se do horizo​​nte, a hora da partida chega, antecipada pela previsão de uma tempestade. O Oceano encapelado ameaça, mas a operação está lançada. A expectativa vira-se agora para os vários labórios envolvidos nesta expedição, um pouco por todo o globo. Os próximos meses trarão certamente novas informações sobre este incrível território nacional, que permite um raro vislumbre sobre a vida na Terra e para lá dela.